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Se tomarmos a palavra reescrita no seu sentido literal, concluímos que se trata de algo ligado à correção de possíveis falhas durante a construção textual.
Mas neste contexto, ela deve ser entendida como um auxílio, principalmente ao nos referirmos à produção de textos narrativos.
Normalmente, a prática pedagógica se dá da seguinte maneira: O educador determina a tipologia textual a ser desenvolvida durante esta ou aquela aula.
De posse dessa incumbência, o aluno apresenta traços de dificuldade em construir um enredo coeso e coerente com vistas a atender a exigência preestablecida.
Cabe ao educador usufruir de estratégias múltiplas no intuito de “capturar” as dificuldades apresentadas e colocá-las em prática, de modo a superar os obstáculos.
Representando essa multiplicidade de estratégias está a reescrita de textos mudando o foco narrativo, os personagens, narrador, espaço e outros elementos relevantes ao texto narrativo. Tendo como e um outro texto já apresentado pelo professor.
Concretizando, portanto, será necessária uma leitura prévia do texto padrão, na qual deverão ser enfatizados pontos de extrema relevância, tais como:
- A maneira pela qual o narrador iniciou a história.
- Como ele delineou seus personagens, destacando traços característicos, como o perfil físico e psicológico dos mesmos.
- A linguagem utilizada para expressar sentimentos e emoções.
- O modo pelo qual sucederam os fatos durante o desenrolar da trama.
- O momento mais emocionante dentro da narrativa, destacando o clima de suspense provocado por parte do leitor.
- O objetivo do narrador em determinar um final para a trama, seja este triste, cômico ou dramático, entre outros.
Caso seja possível, sugerir que a mudança do foco narrativo seja para a primeira pessoa, isto é, para um narrador-personagem, pois ao participar da história o aluno se sentirá mais motivado a ser o sujeito de sua própria criação. Portanto, terá mais incentivo em “dar asas à imaginação”, incrementando mais o enredo e, consequentemente, tornando-se autor de um excelente texto.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola